Afinal , o  que   é   ARRITMIA CARDÍACA?

Afinal , o  que   é   ARRITMIA CARDÍACA?

Para falarmos de arritmia cardíaca antes precisamos de entender como funciona o coração: esse músculo precioso se contrai e se expande cerca de 100 mil vezes por dia dentro do tórax, trabalhando como uma bomba e fazendo o sangue circular por todo o organismo por meio de pulsações, que seguem um ritmo pré-determinado. Em uma pessoa em repouso (ou seja, sem estar fazendo exercícios físicos) o coração possui um ritmo de batimentos que varia entre 60 a 100 bpm (batimentos por minutos); quando esta pessoa faz alguma atividade física, ela pode subir de 120 a 180 bpm e quando dorme pode cair até 40 bpm. Essa variação é normal. Quando os batimentos ficam irregulares, lentos ou rápidos demais é que temos as arritmias cardíacas.

Os sintomas podem incluir a sensação de o coração estar palpitando ou acelerado, falta de ar, dor torácica, sensação de desmaio e a percepção de um vazio no peito, embora na maior parte dos casos as arritmias são identificadas em exames de rotina e não pelos sintomas. Ou seja, existem pessoas que têm arritmias e são assintomáticas. Então, considerando que nem sempre todas as pessoas percebem, é importante manter acompanhamento médico em dia, além de realizar os exames e retorno solicitados pelo profissional da saúde. E atenção: quando a palpitação vem acompanhada de sensação de fraqueza, tontura, mal estar, falta de ar, dor no peito, palidez ou suor frio, pode indicar problemas mais sérios do ritmo cardíaco.

Algumas arritmias são benignas, que não levam a sintomas ou ao risco de morte. Mas existem as arritmias malignas, uma situação que já requer mais cuidado, podendo inclusive causar a morte, sendo mais comum em pessoas que não realizam o tratamento correto ou que não foram diagnosticadas a tempo. A morte súbita e o derrame são as principais causas da morte de pessoas com arritmia.

As arritmias podem surgir tanto em pessoas com o coração saudável quanto naquelas que já tenham doenças no coração, podendo ocorrer em qualquer idade, sendo mais comum em idosos. E além da idade, existem algumas situações que facilitam o aparecimento das alterações de ritmo cardíaco, como por exemplo, a hipertensão arterial, doenças do músculo cardíaco, doenças das válvulas cardíacas, obesidade, estresse, poluição do ar, choque elétrico, uso de drogas ilícitas, álcool e até de alguns medicamentos. E embora algumas pessoas acreditem que o consumo excessivo da cafeína causa arritmia, isso não é comprovado. A cafeína aumenta os batimentos cardíacos por minuto aumentando a sensação de palpitação, principalmente se utilizada junto com bebidas alcoólicas

O diagnóstico das arritmias cardíacas é feito por um médico cardiologista que avalia o histórico de saúde e os sintomas, assim como a possibilidade de uso de medicamentos ou uso drogas. Em relação a tratamento, há diversos tipos para a arritmia cardíaca, e a escolha depende do tipo de arritmia, da frequência e da gravidade da doença.  Há casos em que apenas orientação e  mudança de hábitos de vida são eficazes, e há outros casos em há necessidade de medicações, choques elétricos e até um procedimento invasivo chamado de ablação.

E como fazer para prevenir o aparecimento de arritmias? A prevenção de arritmias cardíacas está associada aos fatores de risco, ou seja, aqueles indivíduos com doenças do coração é indispensável o controle da pressão arterial, manter as consultas em dia, seguindo as recomendações e medicações prescritas pelo seu cardiologista. É fundamental também uma alimentação saudável e balanceada, praticar atividades físicas regularmente, perder peso (em casos de sobrepeso ou obesidade), abolir o tabagismo, reduzir o consumo de álcool e evitar o uso de medicamentos que contenham estimulantes cardíacos. Além disso, é importante evitar situações que possam causar estresse e ansiedade (ou melhor, aprender   a   gerencia-las).

Ao sentir algum sintoma que faça suspeitar de arritmia é importante procurar ajuda médica imediatamente ou ir ao pronto-socorro mais próximo. Além disso, é importante consultar um cardiologista para fazer acompanhamento e o tratamento mais adequado, prevenindo complicações.

Cuide-se!

Seu coração agradece.

Dra   Eliandra  Marsaro

Médica Cardiologista

NovaCordis