PORQUE PRECISO ME PREOCUPAR COM O CORAÇÃO?

PORQUE PRECISO ME PREOCUPAR COM O CORAÇÃO?

Caro leitor,

Foi com grande alegria que aceitamos o convite do editor para iniciar esta coluna no jornal AGORA PAULÍNIA, falando sobre de problemas do coração.

Neste nosso primeiro contato, resolvi fazer esta provocação, para que você comece a se perguntar se tem mantido um estilo de vida saudável ou se é um candidato a freqüentar unidades de terapia intensiva, mesas de cateterismo cardíaco ou de cirurgia do coração.

Primeiro vamos pensar… Qual a chance de uma pessoa comum ter um Infarto no Coração ou um Derrame? Infelizmente não é pequena. As chamadas Doenças Cardiovasculares, que incluem o Infarto do Miocárdio e o Acidente vascular Cerebral (popularmente conhecido como o Derrame) são as principal causa de morte no mundo, tanto em homens quanto mulheres, estando inclusive à frente dos tão temidos cânceres.  A cada 10 pessoas que morrem, três foram por problemas cardiovasculares. Mais de 300 mil brasileiros morrem todos os anos desta forma.

Para aumentar nossa preocupação, apesar de todo desenvolvimento da nossa medicina, as estatísticas mostram que o número de pacientes internados com estas doenças aumenta cada vez mais… Além de poder matar, estas doenças causam incapacidade para o trabalho (que pode ser temporária ou permantente) e quando graves pioram demais a qualidade de vida da pessoa.

Mas, o que leva uma pessoa a ter um Infarto, um Derrame? São inúmeras causas, algumas pessoais, algumas doenças, comportamentos, que nós médicos chamamos de fatores de risco. Quanto mais destas coisas uma pessoa tiver maior é o seu risco de vir a ter um problema de coração, e maior a necessidade de se preocupar com o coração….

E quais são estes Fatores de Risco? Um muito importante é o Antecedente Familiar. Assim, se o seu pai, irmão ou outros parentes próximos de sexo masculino tiveram um Infarto ou Derrame antes dos 55 anos, ou se a mãe ou irmã ou parente próximo de sexo feminino teve um Infarto antes dos 65 anos, você certamente já tem este fator de risco, que aliais não pode ser modificado. Má notícia, certo?

A boa notícia é que a maior parte dos demais fatores de risco podem ser modificados! Assim, a Hipertensão Arterial (que conhecemos como “Pressão Alta”), a Diabetes Melitus, a Dislipidemia (o “colesterol alto”) e o Tabagismo (o cigarrinho….) são tão importantes quanto os antecedentes familiares, e todos podem sem controlados com dieta, exercícios e medicação, além da interrupção do tabagismo, que pode ser conseguida com ajuda psicológica ou uso de remédios.

E ai, leitor, já deu para ficar preocupado? Está se encaixando no perfil de risco? Calma! Embora todos tenhamos risco de um dia vir a infartar, existe muito a fazer para reduzir este risco. Ao longo das próximas colunas vamos falar sempre um pouco destes fatores, destas doenças, como preveni-las e como tratá-las. Aproveite a oportunidade, encaminhe suas dúvidas, perguntas, que teremos o maior prazer em lhe responder.

Um grande abraço e até breve,

Dr. Daniel Lages Dias

Médico cardiologista.

Site: www.clinicordis.com

e-mail: paulínia@clinicordis.com